Só 20% consideram salário como única prioridade, diz estudo do Insper.
Benefícios que vão além da licença-maternidade e do auxílio-creche para reter funcionários que têm filhos já são realidade em algumas companhias de grande porte no Brasil. As vantagens vão de berçários próprios, que funcionam durante o expediente, passando por horário flexível e até bonificações financeiras a cada nascimento.
Pesquisa recente feita pelo Insper justifica a ampliação dos benefícios. O estudo verificou que, para 90% dos entrevistados, os recursos não financeiros são os que mantêm os funcionários na companhia ou levam um empregado a considerar uma oferta de emprego em outra empresa. A pesquisa aponta que apenas 20% dos trabalhadores consideram exclusivamente o valor do salário como prioridade.
Anna Carolina Frazão, que é mãe de João Pedro, de 2 anos, e gerente de Recursos Humanos da biofarmacêutica Bristol-Myers Squibb, afirma que esses recursos extras “estimulam os funcionários, que acabam ajudando na formação da marca” ao disseminarem a boa reputação da empresa. Ela foi contratada quatro meses após o filho nascer.
— Vim trabalhar aqui porque sabia dos benefícios. Dei de mamar ao meu filho até ele completar um ano e dois meses. Nunca precisei terceirizar algo para a babá. Isso não tem preço. É a possibilidade de conciliar a carreira com a maternidade — diz ela, frisando que 54% dos empregados da Bristol são mulheres.
Anna Carolina desfruta de uma série de benefícios. Ela pode trabalhar em casa uma vez por semana e pode optar por iniciar o expediente entre 7h e 10h e encerrar a jornada entre 17h e 20h. Além disso, às sextas-feiras ela é liberada ao meio-dia. As regras também valem para funcionários que são pais.
Na avaliação de Ana Paula Henriques, consultora sênior de Capital Humano da Mercer, é mais fácil reter funcionárias em cargos mais altos — de analistas a executivas — por meio desses benefícios. A consultora lembra que é impossível para recepcionistas, por exemplo, contar com alternativas como o home office:
— Os benefícios aos empregados ainda têm muito a melhorar. Mas há a percepção dentro das empresas, sobretudo nas de grande porte, de que esses recursos dados no início da maternidade ou paternidade aproximam o funcionário e ampliam o comprometimento com o trabalho.
Ela pondera que é essencial que haja um reforço do comprometimento dos empregados com a companhia para que os benefícios sejam intensificados.
Segundo dados levantados pela Mercer, 92% das empresas têm acertado nos acordos coletivos com os trabalhadores o pagamento de auxílio-creche. O valor médio, independentemente do cargo, é de R$ 446,50.
Em todos os casos observados pela consultoria, o benefício é pago até as crianças completarem dois anos e meio. Outra informação interessante é que apenas 23% dessas empresas estendem o recurso para funcionários homens que são pais.
— Ainda assim, o Brasil está à frente de países como EUA e Japão. Embora, claro, esteja atrás de Suíça e Dinamarca — pontua. No mercado americano, não é determinado na legislação o prazo da licença-maternidade. No Japão, as mulheres têm direito a seis semanas de descanso antes do parto e a oito semanas depois.
— Aqui já há muita empresa que concede licença-maternidade de seis meses. Acredito que essa seja uma tendência, sobretudo porque as companhias recebem benefício fiscal pela ampliação — estima.
Fonte:
www.insper.edu.br/noticias/para-reter-funcionaria-empresas-oferecem-ate-bonus-por-filho/
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